984 resultados para Resistência à insulina Teses


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Diversas evidncias comprovam que a obesidade est associada a alteraes estruturais e funcionais do corao em modelos humanos e animais. Outros estudos recentes tambm demonstram que a obesidade humana est associada com alteraes na funo e na estrutura vascular, especialmente em grandes e mdias artrias. Estudos epidemiolgicos tm confirmado que a obesidade um fator de risco significativo para o aparecimento de proteinria e de doena renal terminal em uma populao normal. Com o objetivo de determinar as alteraes morfolgicas relacionadas ao remodelamento cardaco, vascular e renal em um modelo experimental de obesidade induzida pelo glutamato monossdico (MSG) e os efeitos da metformina sobre estes achados, foram estudados 25 ratos divididos em cinco grupos: controle com 16 e 22 semanas (CON-16 e CON-22); obeso com 16 e 22 semanas (MSG-16 e MSG-22) e obeso + metformina (MET-22) 300mg/Kg/dia por via oral. A caracterizao da resistência insulina foi feita atravs da medida da insulina plasmtica e clculo do ndice de HOMA-IR. As anlises morfolgicas e quantificao do colgeno miocrdico foram feitos pelo sistema de imagem Image Pro Plus analysis. A presso arterial sistlica foi levemente maior no grupo MSG-22, adquirindo significncia estatstica quando comparada com o grupo MSG-16 (1222 vs 1082 mmHg, p<0,05). Por outro lado, o grupo MET-22 mostrou nveis mais baixos de presso arterial (1181 mmHg), sem alcanar diferena significativa. No grupo de animais obesos, foi observado aumento na relao mdia-lumen com 16 semanas (39,93,7 vs 30,22,0 %, p<0,05) e com 22 semanas (39,81,3 vs 29,51,2%, p<0,05), que foi reduzida com o uso da metformina (31,50,9%). O depsito de colgeno na rea perivascular no ventrculo esquerdo foi significativamente maior no grupo MSG-22 (1,390,06 vs 0,830,06 % no CON-22, p<0,01), sendo atenuado pela metformina (1,020,04%). No rim, a rea seccional transversa das arterolas intrarrenais foi semelhante entre os grupos (18,52,2 no CON-16; 19,93,7 no MSG-16; 18,93,1 no CON-22; 21,81,5 no MSG-22; 20,21,4 no MET-22). Foi observado aumento da rea glomerular no grupo MSG-22 (141,34,5 vs 129,50,5 m2), mas sem significncia estatstica. Em concluso, nos ratos com obesidade induzida pelo MSG, com resistência insulina, as alteraes cardacas foram mais proeminentes do que as alteraes renais. No corao foram observados sinais de remodelamento vascular hipertrfico nas pequenas artrias intramiocrdicas e evidncias de fibrose miocrdica mais proeminente na rea perivascular, alteraes que foram, pelo menos parcialmente, atenuadas com o uso de metformina durante seis semanas, mostrando que esta droga pode ser benfica na preveno de complicaes cardacas, vasculares e renais associadas com a obesidade.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A obesidade associada s alteraes metablicas, tais como a resitncia insulina, provoca significativas modificaes no decorrer do processo de cicatrizao. O objetivo desse estudo foi inicialmente avaliar os efeitos da resistência insulina induzida por uma dieta com elevado teor de gordura durante o reparo tecidual. E, em seguida, investigar o papel dos macrfagos neste processo. Observamos que os animais submetidos dieta hiperlipdica (RHL) tornaram-se intolerantes glicose e resistentes insulina, alm de aumentarem as taxas plasmticas de colesterol e triglicerdeos em relao aos animais alimentados com rao padro (RP). O grupo RHL apresentou uma menor taxa de contrao da leso e reepitelizao em relao ao grupo RP. Observamos ainda maior quantidade de clulas inflamatrias (clulas NOS 2-positivas, macrfagos, e neutrfilos), menor densidade de fibras do sistema colgeno e maior densidade de miofibroblastos e vasos sanguneos no grupo RHL. O dano oxidativo estava maior no grupo RHL bem como a expresso proteica do fator de crescimento transformante-&#946;1 (TGF-&#946;1) e &#945;-actina de msculo liso (&#945;-SMA). O grupo RHL apresentou altos nveis plasmticos de TNF-&#945; quando comparado com o grupo RP. Alm disso, a proporo das clulas M1 (macrfagos ativados classicamente) e M2 (macrfagos ativados alternativamente) foi a mesma em ambos os grupos. Em relao a sntese e liberao de citocinas e fatores de crescimento avaliados atravs dos ensaios in vitro, observamos ainda que os nveis do fator de necrose tumoral-&#945; (TNF-&#945;) e interleucina-1&#946; (IL-1&#946;) estavam maiores no meio condicionado de macrfagos isolados dos animais do grupo RHL (MCRHL) em relaco ao meio condicionado de macrfagos isolados dos animais do grupo RP (MCRP). Alm disso, os nossos resultados demonstraram claramente que os fatores solveis produzidos por macrfagos isolados a partir de animais resistentes insulina inibem a proliferao e a migrao de fibroblastos. Atravs desses resultados podemos mostrar que a resistência insulina retarda o processo de cicatrizao e sugerir os macrfagos participam deste retardo.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da rosuvastatina (ST) e darosiglitazona sobre a resistência insulina (RI), morfologia do fgado e do tecido adiposo em camundongos alimentados com dieta hiperlipdica (HF). O tratamento com rosuvastatina resultou em uma acentuada melhoria na sensibilidade insulina caracterizada pela melhor depurao da glicose durante o teste de tolerncia insulina e uma reduo do ndice HOMA-IR em 70% (P = 0,0008). O grupo tratado com rosuvastatina apresentou reduo no ganho massa corporal (-8%, P <0,01) e menor depsito de gordura visceral (-60%, P <0,01) em comparao com o grupo HF no tratado. Em comparao com camundongos HF, animais do grupo HF+ST reduziram significativamente a massa heptica e a esteatose heptica (-6%; P <0,05% e -21; P <0,01, respectivamente). O grupo HF+ST, reduziu os nveis de triglicerdeos hepticos em 58% comparado com o grupo HF (P <0,01). Alm disso, a expresso de SREBP-1c (protena 1c ligadora do elemento regulado por esteris) foi reduzido em 50% no fgado dos animais HF + ST (P <0,01) em comparao com o grupo HF. Os nveis de resistina foram menores no grupo HF + ST comparado com o grupo HF (44% a menos, P <0,01). Em concluso, demonstramos que camundongos alimentados com dieta HF tratados com rosuvastatina melhoram a sensibilidade insulina, com reduo da esteatose heptica. Alm disso, ST reduziu o ganho de massa corporal, melhorou os nveis circulantes de colesterol e triglicerdeo plasmtico, com menor contedo de heptico de triglicerdeo, que foi concomitante com menor resistina e aumento da adiponectina.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O termo vitamina D compreende um grupo de hormnios esterides com aes biolgicas semelhantes. O mtodo mais acurado para determinar o estado de vitamina D atravs dos nveis plasmticos de 25 hidroxivitamina D [25(OH)D]. A deficincia de 25(OH)D considerada um problema de sade pblica, tendo como principal causa baixa exposio solar, idade avanada e doenas crnicas. A deficincia de 25(OH)D frequente em pacientes com doena renal crnica (DRC) na fase no dialtica. Estudos tm evidenciado que os nveis sricos de 25(OH)D apresentam associao inversa com adiposidade corporal e resistência insulina (RI) na populao em geral e na DRC. O excesso de gordura corporal e o risco de Doena Cardiovascular (DVC) vm sendo estudados em pacientes com DRC e dentre as complicaes metablicas associadas adiposidade corporal elevada observa-se valores aumentados de HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance) um marcador para RI. Estudos avaliando o perfil da 25(OH)D na DRC na fase no dialtica, especialmente relacionados com a adiposidade corporal e RI so escassos. O presente estudo tem como objetivo avaliar a relao entre os nveis sricos de 25(OH)D, RI, e adiposidade corporal em pacientes com DRC na fase no dialtica. Trata-se de um estudo transversal observacional, incluindo pacientes adultos, clinicamente estveis e com filtrao glomerular estimada (FGe) &#8804; 60 ml/min., em acompanhamento regular no Ncleo Interdisciplinar de Tratamento da DRC. Os participantes foram submetidos avaliao do estado nutricional por antropometria (peso, altura, ndice de massa corporal (IMC), circunferncias e dobras cutneas) e absorciometria de duplo feixe de raios X (DXA); foram avaliados no sangue: creatinina, uria, glicose, albumina, colesterol total e fraes e triglicrides, alm de leptina, insulina e 25(OH)D. Nveis sricos < 20ng/dL de 25(OH)D foram considerados como deficincia. As anlises estatsticas foram realizadas utilizando-se o software STATA verso 10.0, StataCorp, College Satation, TX, USA. Foram avaliados 244 pacientes (homens n=135; 55,3%) com mdia de idade de 66,3 13,4 anos e de FGe= 29,4 12,7 ml/min. O IMC mdio foi de 26,1 kg/m (23,0-30,1) com elevada prevalncia de sobrepeso/obesidade (58%). A adiposidade corporal total foi elevada em homens (gordura total-DXA= 30,2 7,6%) e mulheres (gordura total-DXA= 39,9 6,6%). O valor mediano de 25(OH) D foi de 28,55 ng/dL (35,30-50,70) e de HOMA-IR foi 1,6 (1,0-2,7). Os pacientes com deficincia de 25(OH)D (n= 51; 20,5%) apresentaram maior adiposidade corporal total (DXA% e BAI %) e central (DXA%) e valores mais elevados de leptina. A 25(OH)D apresentou correlao significante com adiposidade corporal total e central e com a leptina, mas no se associou com valores de HOMA-IR. Estes resultados permitem concluir que nos pacientes DRC fase no dialtica a deficincia de 25(OH)D e a elevada adiposidade corporal so frequentes. Estas duas condies esto fortemente associadas independente da RI; a alta adiposidade corporal total e central esto positivamente relacionadas com RI; 25(OH)H e RI no esto associados nessa populao com sobrepeso/obesidade.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo: A microbiota intestinal possui grande diversidade de bactrias, predominantemente dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, com mltiplas funes. A alimentao pode alterar sua composio e funo. Alto teor de gordura saturada altera a permeabilidade intestinal, eleva os lipopolissacardeos e predispe inflamao subclnica crnica. Dieta rica em fibras, como a vegetariana, induz elevao de cidos graxos de cadeia curta e benefcios metablicos. Objetivos: Para analisar a composio da microbiota intestinal de adventistas com diferentes hbitos alimentares e associ-los inflamao subclnica e resistência insulina, esta tese incluiu: 1) reviso dos mecanismos que associam a alimentao microbiota intestinal e ao risco cardiometablico; 2) verificao da composio da microbiota intestinal segundo diferentes hbitos alimentares e de associaes com biomarcadores de doenas cardiometablicas; 3) avaliao da associao entre a abundncia de Akkermansia muciniphila e o metabolismo da glicose; 4) anlise da presena de entertipos e de associaes com caractersticas clnicas. Mtodos: Este estudo transversal incluiu 295 adventistas estratificados segundo hbitos alimentares (vegetariano estrito, ovo-lacto-vegetariano e onvoro). Foram avaliadas associaes com dados clnicos, bioqumicos e inflamatrios. O perfil da microbiota foi obtido por sequenciamento do gene 16S rRNA (Illumina Miseq). Resultados: 1) H evidncias de que as relaes entre dieta, inflamao, resistência insulina e risco cardiometablico so em parte mediadas pela composio da microbiota intestinal. 2) Vegetarianos apresentaram melhor perfil clnico quando comparados aos onvoros. Confirmou-se maior abundncia de Firmicutes e Bacteroidetes, que no diferiram segundo a adiposidade corporal. Entretanto, vegetarianos estritos apresentaram mais Bacteroidetes, menos Firmicutes e maior abundncia do gnero Prevotella quando comparados aos outros dois grupos de hbitos alimentares. Entre os ovo-lactovegetarianos verificou-se maior proporo de Firmicutes especialmente do gnero Faecalibacterium. Nos onvoros, houve super-representao do filo Proteobacteria (Succinivibrio e Halomonas) comparados aos vegetarianos. 3) Indivduos normoglicmicos apresentaram maior abundncia de Akkermansia muciniphila que aqueles com glicemia alterada. A abundncia desta bactria correlacionou-se inversamente glicemia e hemoglobina glicosilada. 4) Foram identificados trs entertipos (Bacteroides, Prevotella e Ruminococcaceae), similares queles previamente descritos. As concentraes de LDL-C foram menores no entertipo 2, no qual houve maior frequncia de vegetarianos estritos. Discusso: 1) Conhecimentos sobre participao da microbiota na fisiopatologia de doenas podero reverter em estratgias para manipul-la para promover sade. 2) Apoia-se a hiptese de que hbitos alimentares se associam favorvel ou desfavoravelmente a caractersticas metablicas e inflamatrias do hospedeiro via alteraes na composio da microbiota intestinal. Sugerimos que a exposio a alimentos de origem animal possa impactar negativamente nas propores de comunidades bacterianas. 3) Sugerimos que a abundncia da Akkermansia muciniphila possa participar do metabolismo da glicose. 4) Reforamos que a existncia de trs entertipos no deva ser especfica de certas populaes/continentes. Apesar de desconhecido o significado biolgico destes agrupamentos, as correlaes com o perfil lipdico podem sugerir sua utilidade na avaliao do risco cardiometablico. Concluses: Nossos achados fortalecem a ideia de que a composio da microbiota intestinal se altera mediante diferentes hbitos alimentares, que, por sua vez, esto associados a alteraes nos perfis metablicos e inflamatrios. Estudos prospectivos devero investigar o potencial da dieta na preveno de distrbios cardiometablicos mediados pela microbiota.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

FUNDAMENTOS: Acrocrdons so leses dermatolgicas comuns na populao e esto associados ao diabetes mellitus, obesidade, resistência insulnica e aterosclerose. A identificao precoce de pacientes com resistência insulnica pode ter papel preventivo primrio. OBJETIVO: Avaliar a associao entre presena de acrocrdons cervicais ou axilares e resistência insulnica. MTODOS: Estudo transversal com pacientes dermatolgicos adultos atendidos em hospital universitrio. Casos foram definidos como portadores de mais de cinco acrocrdons cervicais e/ou axilares. A resistência insulnica foi estimada pelo ndice HOMA-IR. Resultados foram ajustados pelas demais covariveis de risco para resistência insulnica conhecidos, a partir de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: Avaliaram-se 98 casos e 103 controles, que no diferiram entre si quanto idade ou ao gnero. Acrocrdons se associaram diretamente aos valores de HOMA-IR (Odds Ratio = 1,4), hipertrigliceridemia e ndice de massa corprea, independentemente do ajuste por diabetes mellitus, idade, fototipo, gnero, histria de diabetes mellitus familiar e relao cintura/quadril. Nveis qualitativamente elevados de HOMA-IR (> 3,8) tambm evidenciaram associao significativa (ndice de probabilidade = 7,5). CONCLUSES: Presena de mltiplos acrocrdons se associou resistência insulnica, independentemente dos demais fatores de risco.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Analisar a prevalncia de resistência insulina de acordo com diferentes medidas antropomtricas e bioqumicas em mulheres com sndrome dos ovrios policsticos. MTODOS: Foram analisadas, retrospectivamente, 189 pacientes com sndrome dos ovrios policsticos. O diagnstico de resistência insulina foi obtido utilizando-se insulinemia, HOMA-IR, QUICKI, ndice de sensibilidade insulina e relao glicemia/insulina. Foram utilizados o ndice de massa corprea e o lipid accumulation product. Para anlise dos resultados, aplicou-se a estatstica descritiva, a ANOVA, o ps-teste de Tukey e a correlao de Pearson. RESULTADOS: As pacientes apresentaram mdia de idade de 24,95,2 e de ndice de massa corprea de 31,87,6. O percentual de pacientes obesas foi de 57,14%. Dentre os mtodos de investigao de resistência insulina, o ndice de sensibilidade insulina foi a tcnica que mais detectou (56,4%) a presena de resistência insulina nas mulheres com sndrome dos ovrios policsticos. em 87% das pacientes obesas, detectou-se a resistência insulina. A relao glicemia/insulinemia de jejum e o ndice de sensibilidade insulina apresentaram correlao forte com o lipid accumulation product. CONCLUSO: A prevalncia de resistência insulina variou de acordo com o mtodo utilizado e foi maior quanto maior o ndice de massa corprea. O lipid accumulation product tambm est relacionado resistência insulina.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Ps-graduao em Ginecologia, Obstetrcia e Mastologia - FMB

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao para obteno do grau de Mestre no Instituto Superior de Cincias da Sade Egas Moniz

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A sndrome dos ovrios policsticos uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotpica, predominando os sinais de disfuno ovariana. Alteraes metablicas, inflamatrias e vasculares vinculadas resistência insulina so muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presena de alteraes microvasculares em mulheres jovens e no obesas portadoras da sndrome dos ovrios policsticos, atravs de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos nveis sricos de endotelina-1. O objetivo secundrio foi verificar a existncia de associaes entre os achados vasculares, nveis sricos de andrognios, parmetros clnicos, bioqumicos, metablicos e inflamatrios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnstico de sndrome dos ovrios policsticos, segundo os critrios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntrias saudveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o ndice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferncia da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da sndrome apresentavam hiperandrogenismo clnico. No foram observadas diferenas significativas entre os grupos quando analisados os nveis sricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o ndice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipdico foram normais e sem diferena entre os grupos. A amostra com sndrome dos ovrios policsticos no apresentava intolerncia glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerncia glicose. Os nveis sricos dos marcadores inflamatrios (leuccitos, cido rico, adiponectina, leptina e protena c reativa) e do marcador de funo endotelial avaliado tambm foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemcias no basal e aps ocluso foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parmetros relativos morfologia e densidade capilar foram semelhantes. No observamos correlao entre a velocidade de deslocamento das hemcias e nveis plasmticos de endotelina-1, andrognios ou parmetros de resistência insulnica. A velocidade de deslocamento das hemcias associou-se positivamente aos nveis plasmticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em concluso nossos resultados fornecem evidncia adicional de dano precoce funo microvascular em mulheres portadoras de sndrome dos ovrios policsticos. Atravs da capilaroscopia periungueal dinmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertenso ou dislipidemia, j apresentam disfuno microvascular nutritiva, caracterizada por reduo na velocidade de fluxo das hemcias no basal e aps ocluso. Estes achados micro-circulatrios no foram acompanhados de elevaes nos nveis plasmticos de endotelina-1.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A adiponectina, um hormnio produzido pelo tecido adiposo, atua na regulao do metabolismo energtico e interfere favoravelmente na sensibilidade insulina atravs de suas aes no fgado e musculatura esqueltica. Ao contrrio da maioria das outras adipocitocinas, associa-se inversamente com a obesidade visceral, resistência insulina, diabetes tipo 2 e doena cardiovascular. Inmeros estudos demonstraram nos ltimos anos os efeitos de variantes genticas no gene ADIPOQ sobre os nveis circulantes de adiponectina, resistência insulina, diabetes e obesidade. Entretanto, alm de resultados contraditrios, a maior parte desses estudos foi realizada em populaes Caucasianas e Asiticas. Avaliar, em uma populao multitnica adulta do municpio do Rio de Janeiro, as possveis associaes das variantes genticas (-11391 G>A, -11377C>G, +45T>G e T517G) no gene ADIPOQ com o fentipo obeso, nveis circulantes de adiponectina de alto peso molecular e fatores de risco cardiometablico. Trata-se de um estudo transversal. Foram estudados 100 indivduos eutrficos (IMC 18,5 24,9 kg/m2, idade: 32,5 + 9,8 anos) e 100 obesos (IMC 30 58,2 kg/m2, idade 37,5 + 14,1 anos), igualmente divididos entre homens e mulheres. Os indivduos obesos apresentaram valores significativamente maiores de circunferncia abdominal, presso arterial sistlica, diastlica e mdia, glicemia de jejum, triglicerdeos, LDL-colesterol, leptina, insulina, HOMA-IR e protena C reativa, quando comparados aos eutrficos. Contrariamente, exibiram menores valores de adiponectina e HDL-colesterol. Anlises de correlao mostraram relao inversa e significativa entre a adiponectina, circunferncia abdominal, insulina, HOMA-IR e presso arterial. Com os nveis de HDL-colesterol, a correlao foi positiva. Por meio de anlise de regresso mltipla foi possvel identificar os determinantes dos nveis sricos de adiponecinta. Sexo masculino, circunferncia abdominal, HOMA-IR e a variante gentica -11391G>A, foram os principais responsveis por essa variao, com um R2 de 30%. Quanto anlise gentica, no encontramos nenhuma associao entre essas variantes e o fentipo obeso. Entretanto, os indivduos carreadores do alelo mutante -11391A apresentaram menores valores de glicemia, presso arterial e relao cintura-quadril e maiores concentraes sanguneas de adiponectina, quando comparados aos indivduos ditos selvagens. Ademais, os carreadores do alelo mutante -11377G apresentaram menores valores de presso arterial sistlica, diastlica e mdia. Os resultados do presente estudo demonstram que nveis de adiponectina diferem entre eutrficos e obesos e que concentraes mais baixas dessa adipocitocina esto associadas a um pior perfil cardiometablico. Variantes no gene ADIPOQ podem interferir nessa relao e alguns polimorfismos parecem ter um perfil protetor no risco cardiovascular.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Na populao peditrica tem aumentado a prevalncia da Sndrome Metablica. No Brasil, poucos estudos foram realizados em relao a sua prevalncia, critrios de diagnsticos, principalmente no Norte/Nordeste. Apesar de no termos uma definio oficial para a Sndrome Metablica em adolescentes, utilizamos critrios da NCEP ATP III modificados que consistiram em: Obesidade Abdominal >= 90 percentil, HDL-colesterol <= 40 mg/dl, Triglicerdeo > = 110 mg/dl, Glicemia em Jejum >= 100 mg/dl, Presso Arterial >= 90 percentil ajustvel para idade e gnero. Participaram deste estudo 468 adolescentes sendo 168 (40,2%) do gnero masculino e 280 (59,8%) do gnero feminino de 06 (seis) escolas pblicas e particulares, da cidade de So Lus/MA, durante o ano de 2012. A prevalncia da Sndrome Metablica foi de 12,2% sendo 30 pacientes do gnero masculino e 27 do gnero feminino. Houve uma predominncia no gnero masculino e a faixa etria mais acometida foi 16-17 anos, seguido da faixa de 13-14 anos. Em relao aos componentes da Sndrome Metablica, a Hipertenso Arterial foi o componente dominante (100% dos casos), seguida do HDL-colesterol diminuda (94,7%), obesidade (79%), triglicerdeos (71,9%), protena C reativa mdia e alto risco em 28,1% dos casos, e glicemia em jejum alterada no foi encontrada em nenhum caso, porm, evidenciamos HOMA-IR alterado em 75,4% dos casos. Apesar de termos apena 01 referncia na literatura brasileira na padronizao sobre a medida da circunferncia abdominal, foi realizado a sua medida na populao estudada e a sua relao com a altura. Utilizamos como ponto de corte >= 0,5 para avaliar a adiposidade visceral nos pacientes estudados com Sndrome Metablica encontramos relao Circunferncia Abdominal e Altura aumentada em 66,7% dos casos. Em relao aos antecedentes mrbidos familiares dos adolescentes portadores de Sndrome Metablica, a prevalncia de obesidade foi de 22,8%, seguido de diabetes e hipertenso arterial em 17,5%, diabetes, hipertenso arterial e obesidade foi de 15,8%.